Dezembro, 29
O tempo passa e todos pensam em como as coisas mudam, as pessoas, o trabalho, o clima, a cidade... E chega uma época em que todos parecem querer que as mudanças ocorram imediatamente, ficam estagnados pensando no que deveria mudar em suas próprias vidas, projetando as mudanças, quais os planos para os próximos meses e anos, o que transformar internamente para "abrir os caminhos" da oportunidade...
Num certo momento fazemos promessas ao mundo. Prometemos dar aquilo que acreditamos(e só acreditamos) ser capazes de realizar, e desejamos uma retribuição mais alta em relação ao que pretendemos fazer. Nosso esforço é mínimo mas a recompensa que se deseja é a máxima.
O ano começa outra vez. Outro ano, os mesmos anos se repetindo.
Foto: Google |
A cada novo ano que (re)começa, que está prestes a (re)começar, fazemos listas de presentes, transformações, desejos etc. e tal. Este ano decidi, finalmente, começar uma lista também...
Começo a lista em forma de carta porque pretendo enviá-la para mim mesma daqui a um tempo, vou esperar uns anos e ver se alguma coisa mudou, se algum desejo se realizou, se eu sobrevivi. O problema é que sempre que tento começar uma lista, imediatamente me vem a sensação de algo estar faltando, ou já ter a certeza de que não vou realizar os tais desejos, as prometidas mudanças...
1- Não farei promessas para o outro. 2- Não direi que estarei lá se não sei se poderei. 3- Direi que vou fazer e, tentar, fazer o melhor que posso. 4- Não vou desistir ou abandonar algo no meio do caminho. 5- Contribuir para um mundo melhor.
Eis a lista pronta: a sensação de que algo falta já me absorve, e a de fracasso também. Enfim, o novo ano se aproxima e preciso meditar para aguardá-lo e realizar minhas transformações a tempo...